segunda-feira, 14 de junho de 2010

Download Dos Sucessos De Tião Carreiro e Pardinho

A Coisa ta Feia
Tião Carreiro e Pardinho
Composição: Tião Carreiro/Lourival dos Santos
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LETRA DA MUSICA

Burro que fugiu do laço ta de baixo da roseta
Quem fugiu de canivete foi topar com baioneta
Já está no cabo da enxada quem pegava na caneta
Quem tinha mãozinha fina foi parar na picareta
Já tem doutor na pedreira dando duro na marreta
A coisa tá feia, a coisa ta preta...
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta.

Criança na mamadeira, já ta fazendo careta
Até o leite das crianças virou droga na chupeta
Já está pagando o pato, até filho de proveta
Mundo velho é uma bomba, girando neste planeta
Qualquer dia a bomba estoura é só relar na espoleta
A coisa tá feia, a coisa ta preta...
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta.

Quem dava caixinha alta, já esta cortando a gorjeta
Já não ganha mais esmola nem quem anda de muleta
Faz mudança na carroça quem fazia na carreta
Colírio de dedo-duro é pimenta malagueta
Sopa de caco de vidro é banquete de cagueta
A coisa tá feia, a coisa ta preta...
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta.

Quem foi o rei do baralho virou trouxa na roleta
Gavião que pegava cobra, já foge de borboleta
Se o Picasso fosse vivo ia pintar tabuleta
Bezerrada de gravata que se cuide não se meta
Quem mamava no governo agora secou a teta
A coisa tá feia, a coisa ta preta...
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta.

File name: Tião Carreiro e Pardinho (Som da Terra - Modas de Viola) by Gustavo Spirandio.rar
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domingo, 13 de junho de 2010

Detaques na vida de Tião carreiro

Destaques na Vida de Tião Carreiro


Biografia Dona Nair

Biografia Dona Nair Nair Avanço Dias, filha de sitiantes descendentes de italianos, aos 18 dias do mês de julho de 1935, nascia na roça, em um bairro chamado Água Limpa pertencente ao município de Araçatuba/SP.

Moça prendada e de família como diziam na época, mudou-se para a cidade aos 17 anos.
Conheceu Tião Carreiro numa festa junina na fazenda Anzi Molizi apresentados pelo compadre de sua mãe, Anastácio Araújo. Três meses depois começaram a namorar. Casaram-se em 18/12/1954.

Nesta época Tião com o nome de Palmeirinha formava dupla com Tietezinho e cantava na Rádio Cultura de Araçatuba.

A única filha do casal, Alex Marli, nasceu em 20/04/1956. Para acompanhar o marido que queria tentar carreira em São Paulo, desfez-se de sua casa e da segurança de morar perto dos pais.

De trem fizeram a viagem de mudança para a Capital quando AlexMarli estava com 25 dias de vida. Companheira fiel, mãe amantíssima, mulher guerreira, dedicada.

Tião Carreiro fala de suas virtudes em forma de reconhecimento na música Velho Amor. Hoje em dia Dona Nair juntamente com sua filha AlexMarli dedica-se em preservar a memória de seu marido e imortalizar o seu nome.

Nossos respeitos e aplausos a ela, Dª Nair Avanço Dias, que tem sido uma batalhadora, exemplo de luta, pessoa importantíssima na vida de Tião Carreiro.


Lorival dos Santos

Lorival dos SantosNascido na cidade de Guaratinguetá/SP , em 11 de agosto de 1.917.
Até 10 anos de idade teve uma vida estável, quando então perde o pai , via morar com o avô, e a vida tornou-se difícil.
Em 1.932, resolveu vir a São Paulo tentar a sorte, empregando-se em uma tecelagem logo que chegou aqui.
Não se adaptando ao serviço, foi trabalhar em um empório como entregador.
Nessa época já estava escrevendo versos e apaixonado pela música cabocla.
Casou-se com Dª Jandira, irmã do conhecido escritor, teatrólogo Oduvaldo Viana, com a qual teve uma única filha Izabel.
Conheceu sua esposa por intermédio de uma ligação telefônica cruzada e namoraram assim por dois meses.
Sua primeira Gravação foi Peão Mineiro, com a dupla Lambari e Laranjinha.
A música de maior sucesso foi Rio de Lágrimas, nas vozes de Tião Carreiro e Pardinho, mas compôs diversos sucessos como: Pagode em Brasília, Nove e Nove, Em Tempo de avanço, A Viola e o Violeiro, Boiadeiro de Palavra, composições estas que se tornaram imortais .
Foi um dos principais compositores de Tião Carreiro e seus parceiros, e mantinha com Tião uma bela amizade, sendo Tião freqüentador de sua casa, onde sempre estavam ensaiando e preparando material para os discos.Desempenhou um papel de destaque na carreira de Tião Carreiro.
Lourival dos Santos faleceu em 19 de Maio de 1.997, na Cidade de Guarulhos/SP.
(textos produzidos por Alex Marli Dias - através de pesquisa na internet e conhecimentos pessoais).


Francisco Pereira

Francisco PereiraCompanheiro fiel, conhecido no meio artístico sertanejo como Chicão Pereira, acompanhou Tião Carreiro e Pardinho por 15 anos e continua até hoje carregando a bandeira da dupla por onde passa.
Nasceu em Canas Bravas - Estado da Bahia, em 17/04/1935.
Aos 5 anos de idade mudou-se com sua família para uma fazenda chamada Cabreúva – município de Terra Roxa – Estado de São Paulo.
Aos 26 anos casa-se com dona Madalena. E ainda em Terra Roxa nasce sua primeira filha chamada Sandra.

Aos 35 anos resolve tentar a vida na cidade de São Paulo onde nasceram as outras duas filhas, Fernanda e Adriana.
Trabalhava como motorista em uma malharia e freqüentava o meio sertanejo pois era fã de diversas duplas do estilo, foi quando recebeu um convite de Orácio Faustino, produtor artístico, para trabalhar no departamento de divulgação da CBS (hoje Columbia), lá permanecendo por 6 anos.
Depois trabalhou 2 anos como motorista da Dupla Milionário e José Rico.
Em 1.980 passou a trabalhar com a dupla Tião Carreiro e Pardinho, e depois com Tião Carreiro e Praiano.
Após o falecimento de Tião Carreiro, permaneceu parado por 18 meses.
Atualmente trabalha no setor de divulgação da Gravadora Lazer Record, propriedade de Wanderlei Zan, e quando solicitado presta serviços ao Sanfoneiro Mário Zan.
Permanece amigo da família de Tião Carreiro até hoje.


Teddy Vieira

Teddy VieiraTeddy Vieira Azevedo, compositor de diversos sucessos sertanejos, muitos deles gravados por Tião Carreiro e seus parceiros, como Pagode em Brasília, Rei do Gado, O Menino da Porteira e tantos outros.
Natural de Itapetininga, costumava sempre visitar parente e amigos e na cidade de Buri também gostava de pesca e praticar caçadas. Nascido em 23 de dezembro de 1.922, na cidade de Itapetininga/SP,Teddy Vieira foi subtenente do exercito, da reserva . Fez a primeira composição aos 18 anos. Aos 22 começou a trabalhar na Colúmbia, da qual foi diretor artístico. 1950, teve a sua primeira composição gravada pela dupla Tonico e Tinoco, a moda de viola "Violeiro casado", em parceria com Tonico.

.1952, Zé Carreiro e Carreirinho gravaram a moda de viola "Irmão do Ferreirinha", parceria de Teddy com Carreirinho.

No mesmo ano, Palmeira e Luisinho gravaram a moda de viola "Caçada do pardo", de Teddy Vieira e Luisinho.
.1953 - Vieira e Vieirinha lançaram a moda de viola "Roubei uma casada", primeiro sucesso de uma das mais afamadas duplas de compositores sertanejos, Teddy Vieira e Lourival dos Santos.
.1954 - Palmeira e Biá gravaram a toada "Couro de boi", parceria de Palmeira e Teddy Vieira que se tornaria grande sucesso.
.1955 - Luisinho e Limeira lançaram pela RCA Victor um dos maiores clássicos da música sertaneja ,parceria de Teddy e Luisinho, o cururu "Menino da porteira", regravada inúmeras vezes, entre outros por Tonico e Tinoco e Sérgio Reis. No mesmo ano, as Irmãs Galvão gravaram outra parceria de Teddy e Lourival dos Santos, o xote "Não interessa", pela RCA Victor.
.1956 - outro grande sucesso de Teddy Vieira (em parceria com Muibo Curi), seria lançado: a toada "João de barro", gravada por Mineiro e Manduzinho e anos depois regravada por Sérgio Reis. Naquele mesmo ano, Teddy Vieira passou a ser diretor sertanejo da Colúmbia. Lançaria as duplas Tião Carreiro e Pardinho e Zico e Zeca. No mesmo ano, a dupla Tião Carreiro e Pardinho lançaria a moda de viola "Boiadeiro punho de aço", de Teddy Vieira e Pereira, que logo se tornaria sucesso.
.1958 - transferiu-se para a Chantecler como diretor artístico
.1959 - compôs, com Lourival dos Santos, o "Pagode em Brasília", composição que ficou consagrada na interpretação de Tião Carreiro e Pardinho, lançando um novo ritmo, o pagode sertanejo. Esta composição coincidiu com a inauguração de Brasília e seus autores foram homenageados pelo então Presidente da República Juscelino Kubitschek. Foi justamente nas vozes da dupla Tião Carreiro e Pardinho que Teddy Vieira conheceu alguns de seus maiores sucessos, como o "Rei do gado", "Nove e nove", em parceria com Lourival dos Santos e Tião Carreiro, "O mineiro e o italiano", com Nelson Gomes, "Porta fechada", com Moacyr dos Santos e outras.

Teddy Vieira, colaborou com o lançamento de diversos artistas, como Liu e Léo, Zico e Zeca, Zilo e Zalo e muitos outros, como também desempenhou um papel importantíssimo na carreira deste grande violeiro "Tião Carreiro".
Padrinho artístico, foi ele quem batizou José Dias Núnes com o nome artístico de Tião Carreiro.
O vínculo que se criou entre eles foi grande e forte, que quando Teddy partiu, vitima de um acidente de carro, Tião chorou muito.
Conforme uma gravação em fita cassete nos arquivos da família, Tião relata que um irmão de Teddy, na cidade de Araçatuba/SP, foi quem recomendou que Tião procurasse por Teddy aqui em São Paulo, pois ele trabalhava em uma gravadora.
A família de Tião Carreiro é grata até hoje a Teddy Vieira, por tudo que ele representou na carreira de Tião, tendo sido além de excelente profissional ,um grande amigo.
Sua morte ocorreu em 16 de dezembro de l.965, no Km 139 da Rodovia Raposo Tavares, tendo falecido outros companheiros de viagem.

Deixou mais de 200 composições gravadas:

3 de maio (c/ Riachão e Riachinho) . A enxada e a caneta (c/ Capitão Barduíno) . Marca do berrante (c/ Ado Benatti e Lauripe Pedroso) . A menina do bolo (c/ Roque de Almeida) . A moda da japonesa (c/ Orlandinho) . A morte da bugrinha(c/ Alcindo Freir). Adeus, amor(c/Nenete). Alma Arrependida (c/ Pássaro Preto e O. Aude). Amor Passageiro (c/Biguá). Baião Númro cinco(c/ Palmeira). Baile moderno (c/ Vicente Lia) . Besta bailarina (c/ Serrinha) . Boiadeiro de Goiás (c/ Nelson Gomes) . Boiadeiro do divino (c/ Alves Lima) . Boiadeiro punho de aço (c/ Pereira) . Boliviana (c/ Palmeira) . Caçada do pardo (c/Luisinho) . Caminho errado (c/ Benedito Seviero) . Capela do Chico Mineiro (c/ Biguá) . Carro de boi (c/ João Pacífico) . Casinha de aço (c/ Roque de Almeida) . Cavaleiro de Bom Jesus (c/ João Alves Marino) . Chinita (c/Pássaro Preto e Vicente Lia) . Cigana (c/ Salvador dos Santos Dias) . Couro de boi (c/ Palmeira) . Delicadeza (c/ Compadre Juvená) . Dia de finados (c/Benedito Seviero) . Dois corações que se amam (c/ Biguá) . Dois punhais (c/Nízio) . Dona felicidade . Doutor promessa (c/ Palmeira) . Estranho retrato (c/ Sulino) . Ferramenta de caboclo (c/ Palmeira e Osvaldo Aude) . Força do destino (c/ Serrinha) . Gaúcha (c/ Sebastião Vitor) . Geada do Paraná .

Geada . Ilusão da vida (c/ B. Amorim) . Irmão do Ferreirinha (c/Carreirinho) . João-de-barro (c/ Muibo Curi) . Lenço preto (c/ Laureano) .Linda mato-grossense (c/ Palmeira) . Mãe do pracinha (c/ Sebastião Vitor) .Mão do assassino (c/ Sebastião Vitor) . Mariazinha (c/ Palmeira) . Menino pobre (c/ Roque de Almeida) . Meu amigo (c/ Nízio) . Milagre de Tambaú (c/Palmeira) . Moça namoradeira (c/ Sulino) . Morena de olhos pretos (c/ Ado Benatti) . Mulher fingida (c/ João Diniz) . Namoro e casamento (c/ Palmeira). Namoro invejoso (c/ Lourival dos Santos) . Namoro no portão (c/ Zé Maria). Não interessa (c/ Lourival dos Santos) . Nas mãos de Deus (c/ Mário Eduardo) . Nossa Senhora da Abadia (c/ José Ferreira) . Nova Londrina (c/Serrinha) . O canoeiro não morreu (c/ Ado Benatti) . O céu foi testemunha (c/ Marumbi) . O crime do cascavel (c/ Palmeira) . O erro da professora (c/Sulino) . O feiticeiro (c/ Vieirinha) . O manto sagrado (c/ Luisinho) . O menino caçador . O menino da porteira (c/ Luisinho) . O mineiro e o italiano(c/ Nelson Gomes) . O mineiro não faz feio (c/ Lourival dos Santos) . O padre e o ateu . Pagode em Brasília (c/ Lourival dos Santos) . Pai sem coração (c/ Sulino) . Pantanal cuiabano (c/ Palmeira) . Penas de minha alma (c/ Valdez Leal e N. Gomes) . Piraquara (c/ Jaime Ramos) . Pitoco (c/ AbílioVitor) . Pracinha (c/ Serrinha) . Pretinho aleijado (c/ Luisinho) . Preto de alma branca (c/ Lauripe Pedroso) . Primeira namorada (c/ Zeca) . Prisioneiro (c/ Nízio) . Punhal da falsidade (c/ Zé Carreiro) . Recordando o passado (c/Alcindo Freire) . Resposta do menino da porteira (c/ Luisinho) . Resposta do namoro do portão (c/ Roque de Almeida) . Rio preto (c/ Alceu Maynard Araújo). Rodeio de Patos de Minas (c/ Pinheirá) . Romeiro d Aparecida (c/ Palmeira e B. M. Santos) . Roubei uma casada (c/ Lourival dos Santos) . Sagrado ofício (c/ Ado Benatti) . Sangue gaúcho (c/ Ivan Cavalcanti) . Sinhá Joana

(c/ Francisco Lacerda) . Sonho de amor (c/ Benedito Seviero) . Terra roxa .Tragédia de Goiás (c/ Carreirinho) . Triste desengano (c/ Carreirinho) .Última carta (c/ Palmeira) . Vai de roda (c/ Palmeira) . Verde-amarelo (c/Antônio Berlim) . Vida de minha vida (c/ Nízio) . Viola de ouro (c/Palmeira) . Violeiro casado (c/ Tonico) . Você (c/ Palmeira)>

(créditos - Alex Marli Dias com a colaboração de Teddy Vieira Azevedo Filho - tvieira@pocos-net.com.br )

sábado, 12 de junho de 2010

os parceiros de Tião carreiro





Tião Carreiro e Seus Parceiros


Tião Carreiro e Pardinho

Tião Carreiro e PardinhoTião Carreiro conheceu Pardinho no circo rapa rapa em Pirajuí/SP quando ainda Tião tinha o nome de Zé Mineiro , foi lá que eles cantaram pela primeira vez, isso em 1954.

Em 1956, resolveram tentar a sorte em São Paulo onde conheceram Teddy Vieira que ouvindo a dupla, batizou José Dias Nunes de Tião Carreiro e este (Tião Carreiro) apelidou Antonio Henrique de (Pardinho), por causa da música do Ferreirinha que falava da Cidade de Pardinho.

Em novembro de 1956 já gravaram o primeiro disco com a música Cavaleiro do Bom Jesus autoria de João Alves, Nhô Silva e Teddy Vieira e Boiadeiro Punho de Aço de Teddy Vieira e Pereira.

A dupla Tião Carreiro e Pardinho, foi a mais constante, deu uma nova dimensão a música sertaneja, sendo considerados artistas de primeira linha no gênero sertanejo. Encenaram também duas peças teatrais, "O Mineiro e o Italiano" um melodrama baseado na música e "Pai João" o drama de um velho carreiro, e gravaram o filme "Sertão em Festa", ambos com grande sucesso


Tião Carreiro e Carreirinho

Tião Carreiro e CarreirinhoA dupla Tião Carreiro e Carreirinho formou-se em 1958, agradando muito os fãs e gravaram 09 discos de 78 rpm e ainda um LP: "Meu Carro é Minha Viola" permanecendo juntos por dois anos. Fizeram também em 1958 um excursão com Shows na região de Brasília.

Carreirinho que era compadre de Tião, batizou a única filha do casal (Alex Marli)


Tião Carreiro e Paraíso

Tião Carreiro e ParaísoA história da dupla Tião Carreiro e Paraíso, teve início em 1978 quando participavam isoladamente do Festival de Música Sertaneja em Piracicaba, São Paulo.

Em um dos intervalos, Tião Carreiro devaneava com seu violão algumas músicas de seu repertório: Paraíso que ali se encontrava como empresário de shows e como amante da boa música sertaneja ouvindo Tião, "arriscou" um dueto na conhecida valsa "Saudade". A surpresa foi quando o pessoal da TV Cultura, que ouvia a dupla, apresentou uma fita gravada com a "brincadeira" de Tião Carreiro e Paraíso... a dupla estava formada, era perfeita, um casual encontro que se fixava para o encantamento de todos que gostam da verdadeira música sertaneja.

Paraíso já havia cantado com o nome de Smith e Timóteo. O moço foi rebatizado artisticamente, recebendo o nome de Paraíso, o que facilitou pela rima a criação de um slogan para a nova dupla: "A Dupla Sorriso." (Revista Moda e Viola - Ano II - nº 12, 1.979 - pág.06) Paraíso como bom compositor, possue várias composições gravadas.

A dupla gravou 4 LPs, tendo ótima aceitação do público na época.


Tião Carreiro e Praiano

Tião Carreiro e PraianoEsta dupla foi a que teve menos tempo de duração, um ano aproximadamente, gravaram apenas um LP - O fogo e a brasa, e em seguida Tião adoeceu e veio a falecer.






Saiba Mais +

Onde Encontrar
Portal Tião Carreiro - 2005 - Todos os Direitos Reservados | Por NavarroWeb

Discocrafia completa


Tião Carreiro em Solos de Viola Caipira

O primeiro LP em solos de viola caipira, foi lançado em julho de 1976, sendo considerado um LP antológico. Uma verdadeira obra de arte - "É isto que o povo quer". Nasceu da curiosidade que Tião Carreiro despertava em seu público ao apresentar os famosos pagodes na viola. Compositor, interprete e mestre em tocar viola, gravou o segundo LP em solos de viola caipira com o título de "O Criador e Rei do Pagode".

Seu primeiro disco foi gravado com Pardinho, um 78 rotações, ao todo 26 títulos de 78 rotações, mais de 50 LP´s, e após sua morte foram lançados 51 Cd´s. Seu último disco gravado foi "O fogo e a brasa "com o parceiro Praiano, em 1.992, tendo feito uma participação especial no disco de Jayne em l.993.

As outras duplas de Tião Carreiro foram com Carreirinho, Paraíso e Praiano.


Clique aqui e Veja a listagem de discos em 78 rotações




LP's - Clique no Título desejado, para ver a Capa e as Músicas respectivas.
Ano

Títulos
1961
Rei do Gado - Tião Carreiro e Pardinho
1962
Meu Carro é Minha Viola - Tião Carreiro e Carreirinho
1963
Casinha da Serra - Tião Carreiro e Pardinho
1964
Linha de Frente - Tião Carreiro e Pardinho
1964
Repertório de Ouro - Tião Carreiro e Pardinho
1965
Os Reis do Pagode - Tião Carreiro e Pardinho
1966
Boi Soberano - Tião Carreiro e Pardinho
1967
Pagode na Praça - Tião Carreiro e Pardinho
1967
Os Grandes Sucessos de Tião Carreiro e Pardinho
1967
Rancho dos Ipês - Tião Carreiro e Pardinho
1968
Encantos da Natureza - Tião Carreiro e Pardinho
1968
Tião Carreiro e Pardinho e Seus Grandes Sucessos
1969
Em Tempo de Avanço - Tião Carreiro e Pardinho
1970
Sertão em Festa - Tião Carreiro e Pardinho
1970
Show - Tião Carreiro e Pardinho
1970
A Força do Perdão - Tião Carreiro e Pardinho
1971
Abrindo Caminho - Tião Carreiro e Pardinho
1972
Hoje eu Não Posso Ir - Tião Carreiro e Pardinho
1973
Sucessos de Tião Carreiro e Pardinho
1973
Viola Cabocla - Tião Carreirinho e Pardinho
1973
A Caminho do Sol - Tião Carreiro e Pardinho
1974
Modas de Viola Classe "A" - Tião Carreiro e Pardinho
1974
Esquina da Saudade - Tião Carreiro e Pardinho
1974
Tangos em Dueto - Tião Carreiro e Pardinho
1975
Modas de Viola Classe "A" - vol. 2 - Tião Carreiro e Pardinho
1975
Duelo de Amor - Tião Carreiro e Pardinho
1976
Os Grandes Sucessos de Tião Carreiro e Pardinho vol. 2
1976
É Isto que o Povo Quer - Tião Carreiro em Solos de Viola Caipira
1976
Rio de Pranto - Tião Carreiro e Pardinho
1977
Pagodes - Tião Carreiro e Pardinho
1977
Rancho do Vale - Tião Carreiro e Pardinho
1978
Terra Roxa - Tião Carreiro e Pardinho
1978
Viola Divina - Tião Carreiro e Paraiso
1979
Disco de Ouro - Tião Carreiro e Pardinho
1979
Golpe de Mestre - Tião Carreiro e Pardinho
1979
Pagodes vol. 02 - Tião Carreiro e Pardinho
1979
Tião Carreiro em Solo de Viola Caipira
1979
Seleção de Ouro - Tião Carreiro e Paraiso
1980
Homem até Debaixo d´água - Tião Carreiro e Paraiso
1981
Prato do Dia - Tião Carreiro e Paraiso
1981
4 Azes - Tião Carreiro & Paraiso & Pardinho & Pardal
1981
Modas de Viola Classe "A" - vol 3 - Tião Carreiro e Pardinho
1982
Navalha na Carne - Tião Carreiro e Pardinho
1983
No Som da Viola - Tião Carreiro e Pardinho
1984
Modas de Viola Classe "A" - vol 4 - Tião Carreiro e Pardinho
1985
Felicidade - Tião Carreiro e Pardinho
1986
Estrela de Ouro - Tião Carreiro e Pardinho
1988
A Majestade do Pagode - Tião Carreiro e Pardinho
1992
O Fogo e a Brasa - Tião Carreiro e Praiano
1994
Som da Terra - Tião Carreiro e Pardinho
1994
Som da Terra - Tião Carreiro e Pardinho - vol. 2 - Pagodes
1994
Som da Terra - Tião Carreiro e Pardinho - vol. 3 - Modas de Viola
1996
Saudades de Tião Carreiro - Diversas Duplas
1998
Sucessos de Ouro - Tião Carreiro e Pardinho - As Românticas
1999
Popularidade - Tião Carreiro e Pardinho
2001
Warner 25 anos - Tião Carreiro e Pardinho

vida de tião carriro


Tião Carreiro permanece vivo na memória dos fãs e agora em site da internet.

Em 2004, deu-se destaque ao aniversário de vida e de morte de várias estrelas da música popular brasileira. Longe da grande mídia, porém, o meio sertanejo reverenciou sem grande alarde, mas com muita cantoria e respeito, a memória de seu ídolo maior: o violeiro Tião Carreiro. Este é o nome pelo qual ganhou fama José Dias Nunes, que completaria 70 anos em 13 de dezembro de 2004, não fossem as complicações provocadas por uma diabetes que silenciou seus ponteados em 15 de outubro de 1993. Desde então, milhões de fãs pelo Brasil afora aliviam as saudades ouvindo e tocando as centenas de músicas gravadas por ele em 27 discos 78 rpm (9 com Carreirinho e18 com Pardinho) e 41 LPs, que foram remasterizados em 41 CDs (33 com Pardinho, um com Carreirinho, quatro com Paraíso, dois discos solo e um com Praiano), além de 15 compilações em LP lançadas entre uma e outra gravações originais, compactos simples e duplos.

Tião Carreiro estreou em disco em novembro de 1956 (um bolachão de 78rpm que trazia "Boiadeiro Punho de Aço", no lado A, e "Cavaleiros de Bom Jesus", no B) ao lado de Pardinho, ex-trabalhador braçal e cantor de horas vagas que ele conheceu no circo Rapa Rapa, na cidade de Pirajuí (SP). No início, adotava ainda o nome de Zé Mineiro, passando a seguir para João Carreiro. O batismo definitivo veio por sugestão de Teddy Vieira, então diretor da RCA Victor e parceiro de Tião em alguns dos principais sucessos da dupla. Antes de conhecer Antonio Henrique de Lima, o Pardinho, Tião já havia cantado usando os nomes de Zezinho, junto a Lenço Verde, e de Palmeirinha, primeiro com Coqueirinho e depois com Tietezinho. O novo nome caiu como luva também para a breve dobradinha formada entre Tião e Carreirinho, que registrou nove 78rpm e um LP.
Violeiro intuitivo, Tião Carreiro jamais freqüentou escola de música. Foi autodidata também na escrita, ao ponto de criar letras com cheiro de terra e mato para várias músicas de seu vasto repertório. Não bastasse isso, também soube se cercar de poetas com "P" maiúsculo, do porte de Lourival dos Santos, Moacir dos Santos - que, apesar do sobrenome comum, não tinham nenhum parentesco -, Dino Franco e do próprio Teddy Vieira.

Mas fosse qual fosse o nome que adotasse, o destino de Tião parecia mesmo estar traçado nos braços da viola. Sobretudo depois que ele criou o pagode caipira, definido pelo cantador e produtor mineiro Teo Azevedo como uma feliz junção do coco nordestino com o calango de roda. Ambas as levadas, vale lembrar, eram e ainda são bastante praticadas na região em que Tião e o próprio Teo nasceram, quase na divisa com a Bahia. Há ainda quem perceba no pagode certo parentesco com a catira, só quem sem o pandeiro, o reco-reco e os temperos percussivos típicos desta outra levada violeira.
O novo ritmo surgiu em março de 1959, embora seu primeiro registro em disco tenha se dado no ano seguinte, com "Pagode em Brasília" (Teddy Vieira e Lourival dos Santos). Para termos de comparação, o sucesso gravado por Tião Carreiro e Pardinho, em homenagem à recém-inaugurada Capital federal, está para o pagode de viola assim como "Chega de Saudade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), lançado dois anos antes por João Gilberto, está para a bossa nova. Em ambos o diferencial era dado pelas batidas inventadas por músicos virtuosos. No caso de Tião, também acabou pesando a favor o fato de ele compor e cantar magistralmente, como deixam ver (e ouvir) clássicos como "Amargurado" (com Dino Franco), "Rio de Lágrimas" (com Piraci e Lourival dos Santos), "Cabelo Loiro" (com Zé Bonito) e tantos outros. Não desmerecendo os demais parceiros de Tião, sua segundona grave soava sob medida para a primeira voz refinada de Pardinho. E, mesmo com a morte do violeiro, o pagode continua na ordem do dia para uma legião de seguidores espalhados pelo Brasil, que tem entre seus principais expoentes o músico sul-mato-grossense Almir Sater.
História
Quarto filho de uma prole de sete crianças, Tião Carreiro não teve na infância os brinquedos industrializados e caros que eram vistos nas mãos dos filhos dos coronéis de Monte Azul, na região de Montes Claros, no Vale do Jequitinhonha (MG), onde nasceu e passou os primeiros anos de vida. Mas desde cedo chamava a atenção nele a aptidão para inventar seus próprios brinquedos. Notadamente alguns que já permitiam vislumbrar toda a musicalidade adormecida em seu íntimo. Esticar o elástico reciclado do cano de botinas velhas ao longo de pedaços de madeira, e passar horas a fio tentando decifrar o som que produziam sob seus dedos, era um dos passatempos do mais célebre filho do casal de lavradores Orcissio Dias Nunes e Júlia Alves das Neves.

A seca e a falta de perspectivas no Vale do Jequitinhonha fizeram, porém, com que a família deixasse a região, a bordo de um caminhão pau-de-arara, quando Tião tinha apenas 10 anos, rumo a São Paulo. Tiveram de fazer antes uma parada forçada de três dias em Montes Claros, até que um juiz de menores autorizasse a viagem das crianças, que não tinham sequer certidões de nascimento. Em Paulópolis e Oriente, as primeiras escalas em São Paulo, ficaram pouco: devido à morte de seu Orcissio, mudaram-se logo para Flórida Paulista e depois para Valparaíso. Foi lá que Tião, aos 16 anos, decidiu trocar o cabo da enxada pelo braço da viola. Como tinha de ajudar no sustento da família, intercalava o novo ofício a outras funções, como a de garçom no restaurante de um hotel da cidade, onde ele costumava encantar a clientela dedilhando ao violão sambas e músicas populares da época. Após se apresentar no programa "Assim Canta o Sertão", de uma rádio local, engatilhou parceria com um amigo chamado Valdomiro, adotando o nome de Zezinho e Lenço Verde. Outra cidade fundamental para a formação musical e a vida de Tião foi Araçatuba. Foi lá que ele passou parte da juventude e conheceu Nair Avanço, durante as festas juninas de 1953, casando-se com ela 14 meses depois. O sucesso como artista, porém, só viria com força anos mais tarde ao lado de Pardinho, com quem formou a dupla que ficaria perpetuada como "Os Reis do Pagode".

Mais detalhes sobre vida, carreira e obra de Tião Carreiro podem ser acessados no site tiaocarreiro.com.br, criado recentemente a partir do acervo mantido por Nair e Alex Marli Dias, filha única do casal.
(Texto : Donizete Costa)
Ao Mestre

Com o nome de José Dias Nunes foi batizado e como Tião Carreiro ficou consagrado.

Natural de Montes Claros, norte de Minas Gerais, nasceu em 13 de dezembro de 1934.

Filho dos lavradores, seu pai Orcissio Dias Nunes e sua mãe Júlia Alves da Neves, tiveram 7 filhos, quatro homens, Cumercindo, Guilhermino, Jóse Dias Nunes e Valdomiro e três mulheres, Ilda, Maria e Santina.

Neto de Ricardo e Maria por parte do pai e de José Alves e Porcidonia por parte da mãe.

O quarto a nascer de um total de sete filhos: - Cumercindo, Ilda, Guilhermino, José Dias, Maria, Santina e Valdomiro - exatamente nesta ordem.

Até os 10 anos de idade morou no norte de Minas Gerais nas regiões de Montes Claros, Monte Azul, Pajeú, Rebentão e Catuti.

Seu irmão, Guilhermino, morreu ainda menino vítima de um sarampo recolhido.

Levando uma vida humilde, conseqüência da falta de emprego gerada pela seca que assolava aquela região e com a esperança de um futuro melhor a família de José Dias resolve tentar a vida em São Paulo.

Saíram da região de origem num caminhão tipo pau-de-arara e seguiram rumo a Montes Claros onde embarcariam no trem com destino ao interior do Estado de São Paulo. As crianças não possuíam registro de nascimento e por este motivo a família teve que aguardar 3 dias para obter do juizado de menores uma autorização para prosseguirem.

Obtida a autorização seguiram viagem até Paulópolis/SP onde permaneceram por pouco tempo pois seu pai veio a falecer.

A avó materna de José Dias, Dona Porcidonia, morava em Flórida Paulista e foi para lá que se mudaram nesta época.

Algum tempo depois foram tocar roça em Valparaíso/SP.

O pai, quando morreu, deixou-lhe a primeira viola. Uma herança que o garoto saberia como ninguém valorizar. Seus dotes de músico já eram notados, aos oito anos de idade dedilhava no braço da enxada e com elástico nos dedos tentava tirar sons musicais.

O menino da viola nunca foi à escola, mas tinha sonho de ler e escrever. Começou então folheando jornais velhos. E foi dessa forma que José Dias, juntando as letras, se alfabetizou. Da mesma maneira aprendeu a tocar, ou seja, sozinho, observando e juntando acordes e notas.

Aos 16 anos tomou a decisão que marcaria sua vida. Já apaixonado pela música decide deixar o trabalho no campo e se arriscar em outro mundo, em nova profissão. Que sorte a nossa! O Brasil ganharia um dos músicos sertanejos mais importantes que revolucionaria e influenciaria gerações.

José Dias trabalhava como garçom no restaurante do Hotel do Manoel Padeiro, onde, nas horas vagas, cantava músicas populares e sambas da época. Aos domingos participava do programa “Assim canta o sertão”, da rádio transmissora de Valparaíso/SP.

Formou dupla com o amigo Valdomiro e se apresentavam no circo Giglio com os nomes de Zezinho e Lenço Verde.

Formou outras duplas com os nomes de Palmeirinha e Coqueirinho, Palmeirinha e Tietêzinho, Zé Mineiro e Tietêzinho.

O proprietário do circo onde ele tocava naquela época comentou que dupla de violeiros tinha que tocar viola, e ele tocava violão. No mesmo ano, na cidade de Araçatuba/SP, apresentaram-se - Tonico e Tinoco, a dupla Coração do Brasil. Tonico deixou a viola no circo e foi para o hotel descansar, José Dias pegou a viola e decorou a afinação.

Logo em seguida ganhou uma violinha de presente pintada à mão pelo pintor Romeu de Araçatuba. E a partir daí, inspirando-se num dos melhores violeiros da época: Florêncio, da dupla Torres e Florêncio foi seguindo em frente, trilhando seu caminho.

Conheceu Dona Nair Avanço em Araçatuba numa festa junina no ano de 1953, namoraram 14 meses e se casaram.

Tiveram uma única filha, Alex Marli Dias, hoje casada com Gilberto Rodrigues da Silva e mãe de Renan Rodrigues da Silva, com 10 anos, o único neto de Tião Carreiro.

José Dias conheceu Pardinho, seu principal companheiro, no circo Rapa Rapa na cidade de Pirajuí/SP. Pardinho era ajudante braçal e cantava nas horas de folga. Passaram a cantar juntos com os nomes de Zé Mineiro e Pardinho, depois de dois anos a convite de Carreirinho mudam-se para São Paulo. Era Maio de 1956 e sua única filha Alex Marli acabara de nascer.

Já em São Paulo conhecem Palmeira que os apresenta a Teddy Vieira, diretor sertanejo da RCA Victor, gravadora de grande projeção na época.

Teddy os leva a gravadora Colúmbia e batiza José Dias de Tião Carreiro.

Ele não simpatizou com o nome de imediato, mas acabou concordando.

Começa então a história de Tião Carreiro.

Gravam o primeiro disco, um 78 rpm, lançado em novembro de 1956. As músicas eram “Boiadeiro punho de aço”, moda de viola e “Cavaleiros do Bom Jesus”, um cururu, ambas composições do padrinho Teddy Vieira.

Após o primeiro registro, Tião dá um tempo na parceria com Pardinho e forma dupla com Carreirinho. Foi uma época de grande produção. Em março de 1959 nasce um novo ritmo – o pagode-de-viola. Tião percebeu que naquele recortado mineiro que havia gravado misturado a outras batidas , a viola assumia um papel importante, e que havia encontrado algo realmente novo.

Tião Carreiro e Pardinho, novamente juntos, gravam pela primeira vez “Pagode em Brasília”, música de Teddy Vieira e Lourival do Santos. Uma homenagem à nova capital do país. A composição fazia parte de um disco 78 rpm, do selo Sertanejo, lançado com grande sucesso em agosto de 1960.

Tião com sua habilidade e destreza criou inúmeras introduções e arranjos ao pagode-de-viola, verdadeiras preciosidades. Mas Tião não parou por aí, desenvolvendo uma inconfundível batida, inovando com um estilo próprio. Na verdade Tião inventou uma forma original para os violeiros que cantam em dupla e usam como acompanhamento a viola e o violão. Na riqueza de ritmos e estilos Tião gravou moda de viola, cururu, cateretê, valseado, querumana e até tango.

E quando a música sertaneja se tornou mais urbana, ganhando outras influências, o violeiro se mostrou aberto a novas experiências e gravou guarânias, rasqueados e balanços. Ele nunca se preocupou com o gênero musical e sim com o que as pessoas queriam ouvir.

Tião também aprimorou o estilo de cantar em dupla. A segunda voz que é a mais grave era colocada com mais destaque do que a primeira. Estilo que depois foi seguido por várias duplas.

O saldo desta carreira de sucesso: 25 discos 78 rpm com Pardinho e Carreirinho, mais de 50 LPs com variados parceiros, dois LPs em solos de viola caipira e mais de 300 composições com os mais importantes nomes – Teddy Vieira, Dino Franco, Moacyr dos Santos, Zé Carreiro, Zé Fortuna, Carreirinho e Lourival dos Santos, amigo, conselheiro e companheiro mais constante.

Tião Carreiro foi também um dos grandes responsáveis pela popularização da música sertaneja, tirando-a dos programas sertanejos das rádios nas madrugadas e colocando-a nos teatros, rodeios, exposições e no horário nobre da televisão.

Ainda em vida teve o prazer de possuir a viola vermelha de Florêncio e o Violão de Torres. A viola foi cedida por Moreninho da dupla Moreno e Moreninho, e o violão ganhou de um amigo da cidade de São José do Rio Preto – Marco Aurélio Garcia, o Lelo, no dia 11/04/1992.

Tião Carreiro se foi como os grandes mestres, antes da hora, vítima de complicações advindas da diabetes que lhe consumiu lentamente, sem compreender a dimensão e o alcance de seu trabalho. Porém conseguiu o que todo artista sonha – compôs com os melhores letristas, tocou seu instrumento como poucos e cantou como ninguém, era um músico completo. Honrou, sem dúvida a herança recebida de seu pai.

José Dias Nunes, Tião Carreiro, faleceu dia 15/10/1993, e foi Sepultado no cemitério da Lapa, onde foi construído um memorial em sua homenagem e que todos os dias de finados , inúmeros fãs se reúnem em volta do túmulo do artista e passam horas e horas cantando seu repertório e relembrando alguma passagem de sua carreira.

As particularidades de Tião Carreiro

Tião Carreiro, habilidoso tocador de viola, um dos maiores violeiros brasileiros, com seu carisma e talento , exercicia uma magia sobre a pessoas, tendo conquistado um público fiel, que mesmo após dez anos de sua ausência física, continuam cultuando o ídolo.

Tinha um carinho especial pelos fãs, era atencioso com eles, apesar de sisudo, possuía uma doçura embaixo da aparência carrancuda.

Soube cultivar grandes amigos e também conserva-los sempre, homem de aparência séria, as vezes tímido, mas ao mesmo tempo desinibido enfrentava grandes platéias.

Aonde chegava era rodeado de pessoas, que se encantavam com seu jeito autêntico de ser, sua humildade, suas histórias cômicas, folclóricas, exagerando nas coisas propositalmente.

Seu time o Corinthians, sua religião católico não praticante mas devoto de de N.Sra. Aparecida, e acreditava em benzimentos também.

Adorava se vestir bem, jóias, bons perfumes, bons carros, e assistir corridas de cavalos.

Não bebia como todos diziam, muito pelo contrário , guardava os whiskes e pingas que ganhava e formou um coleção de bebidas que gostava de mostrar aos amigos.

O Pagode

Tião Carreiro tocava viola desde jovem, mas era inconformado sempre procurando novas formas de tocar, foi aí que inventou um ritmo diferente, em que a viola batia cruzado com o violão, numa mistura de recorte do catira lento com o recortado mineiro mais expressivo.

O pagode foi criado por Tião Carreiro na rádio cultura de Maringá/PR; Tião começou a bater com sua viola e conseguiu fazer a junção da viola com o violão na mesma gravação.

Chegando em São Paulo, tocou a fita para o Lourival dos Santos – consagrado compositor sertanejo e Teddy Vieira e estes ao ouvi-la , comentaram, parece um pagode – pagode em Minas Gerais era baile, e estava batizado o novo ritmo, e Tião Carreiro tornou-se “O Rei do Pagode”.

O primeiro pagode a ser gravado foi “Pagode em Brasília."(e não Pagode como havia constado).

Na cultura da música raiz , o Pagode sertanejo é hoje um dos ritmos mais tradicionais, tendo projetado Tião Carreiro por seu toque marcante e inconfundível , passando a enriquecer a lista dos ritmos regionais.

(biografia produzida por Alex Marli Dias - filha de Tião Carreiro com a colaboração de Cléber Toffoli e Eliana Arens).